
Há várias armas para quem pretende largar o vício. O melhor é combinar duas ou mais
Pesquisas indicam que 78% dos fumantes gostariam de parar com o vício. A maioria não consegue por dois motivos: dependência e hábito. A nicotina faz aumentar no cérebro os níveis de dopamina, um neurotransmissor que dá a sensação de bem-estar. Isso resulta em dependência química. Além disso, fumar é um hábito arraigado no dia-a-dia do fumante. Sem o cigarro, a pessoa sente falta de um complemento na hora das refeições, das bebidas e até nos momentos de lazer. Para largá-lo, é preciso aliar planejamento e força de vontade. Por exemplo: quem marca uma data para fumar o último cigarro deve escolher um período menos conturbado no trabalho e em casa, de modo a controlar melhor a ansiedade. É necessário preparar-se para o mal-estar, que dura algumas semanas. A pessoa que pára de fumar tende a engordar porque come mais para superar a ansiedade e porque seu metabolismo fica mais lento. "Para não passar por crises simultâneas, pode-se programar uma reeducação alimentar e exercícios aeróbicos algumas semanas antes de largar o vício", diz Ciro Kirchenchtejn, pneumologista do HelpFumo do Hospital Beneficência Portuguesa, de São Paulo. O pior que pode acontecer numa tentativa bem-sucedida é comemorar a abstinência com algumas tragadinhas. Bastam poucas baforadas para que o cérebro retome as reações de dependência. Existem várias alternativas de tratamento. Às vezes é preciso combinar duas ou mais soluções, como os repositores de nicotina somados a medicamentos à base de bupropiona. Confira no fichário algumas das principais armas contra o cigarro.